quinta-feira, 21 de maio de 2009

As Bacantes

As Bacantes
De Eurípides, encenação de Rui Madeira
"«Uma obra-prima tem sempre, como é sabido, diversas leituras possíveis, que variam, não só no contexto histórico em que foi produzida, como também em função da época em que é reapreciada». 'As Bacantes' são um exemplo perfeito dessa característica e um desafio que queremos abrir. Se a moral de 'As Bacantes' é que ignoramos à nossa custa a exigência (por parte do espírito humano), a experiência dionisíaca, aqui explorada para produzir uma acção dramática que ajuda os espectadores a considerar o Mistério e a precariedade da sua própria existência. Assim, o tema do desejo, da felicidade e da paz (ainda que obtidas pela evasão) vão associar-se ao da sabedoria, à afirmação do prazer da vingança. Uma obra soberba, matricial, sobre a qual pretendemos trabalhar, na busca da simplicidade e do belo; a partir da PALAVRA, ferramenta primeira para a artesania do palco e da força das imagens."
Rui Madeira
Durante o ensaio das Bacantes


http://www.youtube.com/watch?v=EHSxRV1m8X0&feature=player_embedded#!

Os Lusíadas

Os Lusíadas
De Luís de Camões, encenação Alexej Schipenko


“Os Lusíadas” são um produto do génio e do tempo em que foram escritos. A primeira coisa que tentámos fazer foi transformar o texto numa forma visual, de modo a separar esses dois níveis. Ou seja: o importante não é AQUILO que acontece mas COMO é que acontece. A principal situação inscrita no poema é uma VIAGEM, um trajecto, um estado de trânsito. O texto contém outras situações que HOJE têm um impacto menor. Nos nossos dias o oceano é comparável ao espaço sideral e a verdade é que sabemos quase tudo acerca da colonização, etc. A questão é QUEM escreveu esta viagem, quem está dentro do poema. Luís de Camões viveu e morreu como um cão. Solitário. Pobre. Uns escassos 56 anos de vida. A ele devemos o texto. A ele devemos uma nacionalidade. Camões usou palavras maravilhosas para criar o corpo espiritual de uma nação. O terceiro nível dos “Lusíadas” é um imenso conhecimento secreto. Camões escreveu centenas de páginas recheadas de nomes como Júpiter, Vénus, Andrómeda, etc. Para quê? Para quê tanta artilharia mitológica? Deuses, planetas, heróis, criminosos e perdedores faziam parte da sua intimidade.(Alexej Schipenko)

O Escaravelho Contador


"O Escaravelho Contador"
De Manuel António Pina, encenação José Caldas




Auto da Barca do Inferno

Auto da Barca do Inferno
De Gil Vicente, encenação Rui Madeira
Braga Cultural, Março 2008

Jornal Passo a Passo, Fevereiro de 2008, página 6

Pára-me de Repente

Pára-me de Repente
De Virgílio Alberto Vieira, encenação de Rui Madeira