segunda-feira, 21 de maio de 2012

Falar verdade a mentir

 FALAR VERDADE A MENTIR 

Encenação e Dramaturgia: Rui Madeira

 


(Circuito escolar) 

“Vivamos livres ou morramos homens”
A. Garrett em tragédia Lucrécia

Ao longo dos anos, a CTB tem vindo a inscrever nas suas escolhas espectáculos dirigidos aos jovens públicos, usando textos clássicos ou contemporâneos que integram os curricula de Português e Literatura. Autores como Gil Vicente, Eça de Queirós, Almada Negreiros, Manoel Teixeira-Gomes, Sophia de Mello Breyner, Manuel António Pina, Bernardim Ribeiro, Sá de Miranda e Camilo Castelo Branco foram objecto de abordagem no âmbito dos projectos de formação de públicos. Este espectáculo é mais um momento na vontade de possibilitar aos futuros públicos a aproximação a um autor fundamental da nossa cultura.
Através de uma série de acções concentradas (no âmbito do BragaCult), vamos criar condições para que esses jovens públicos e professores se possam apropriar dos processos de criação, ganhando um “olhar por dentro” da coisa artística, aprendendo a “ler” e a interrogar esses textos à luz de uma nova realidade – a prática teatral.
O objectivo é criar melhores públicos, novos espectadores que dominem melhor os códigos de leitura dramática, capazes de se estimularem para lá do que lhes é apresentado, entendendo que toda a obra de arte é/ deve ser aberta. E que a sua posição de espectador activo é que lhe há-de conferir o seu verdadeiro significado.


Com Falar Verdade a Mentir pegamos num texto de um autor maior, na tentativa de «mostrar» aos espectadores as ideias que subjazem na estrutura dramática da peça. A luta do autor pela revolução romântica nas letras e no texto português. A verdadeira modernidade, sem se fixar no culto do passado que encontramos noutros autores. Com Almeida Garrett e com Falar Verdade a Mentir podemos observar com humor corrosivo onde o discurso é passadista, sem vida e onde se cruza com o novo olhar dos tempos e das desilusões do Presente. Com Almeida Garrett e Falar Verdade a Mentir são razões estéticas e ideológicas que enformam o discurso teatral, é o cerne da revolução romântica. A promoção do «sujeito» em instância estruturante de si mesmo e do mundo em que evolui. E essa dinâmica está explícita nos discursos dos vários personagens. Um divertimento teatral num espaço de debate e experimentação.

Rui Madeira




 






Cenografia
Carlos Sampaio, Rui Madeira
Figurinos
Sílvia Alves
Criação vídeo
Frederico Bustorff Madeira
Criação de som
Luís Lopes


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